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domingo, 12 de junho de 2011

CHILE

CHILE

Oh Chile, largo pétalo
de mar y vino y nieve,
ay cuándo y cuándo
ay cuándo
me encontraré contigo,
enrollarás tu cinta
de espuma blanca y negra em mi cintura
desencadenaré mi poesia
sobre tu território
- Pablo Neruda, Cuándo de Chile.

O relógio marcava 11:20 quando o boeing 727 pousou no Aeroporto Arturo Merino Benitez, em Santiago do Chile.Foram percorridos 2.600 km de São Paulo para Santiago em 3 horas e 45 minutos de vôo. O translado do aeroporto ao hotel nós adquirimos ao chegar, sem problemas. Optamos pela companhia Transvip , que presta esse serviço em vans coletivas mais barato do que o taxi comum. Cobrou 6.000 pesos chilenos, por passageiros.É um serviço de boa qualidade,conforme constatamos. O tempo gasto no translado foi cerca de meia hora até o hotel que se situa no centro de Santiago: Rua Morande com rua Catedral. Ao longo do percurso, pudemos observar os colegas de viagem na van. Chamou atenção duas moças que falavam italiano e que, por sinal, não deram trégua à conversa durante todo o percurso. Enquanto a van se deslocava através da Costanera Norte,nós apreciávamos a paisagem. Cidade simpática, com o trânsito fluindo bem. A cidade mostrava-se limpa e com aspecto agradável Fazia um frio de 11 gráus e o dia estava muito bonito, bem iluminado. As primeiras impressões foram positivas e isso fez com que gostássemos da cidade, de imediato. Mais adiante, quando conhecemos o local privilegiado do nosso hotel, que estava encravado no centro da cidade, tivemos a oportunidade de confirmar isso.
A foto ao lado mostra uma perspectiva de nosso hotel, com destaque para a cúpula da Catedral e o antigo Congresso.
Santiago foi fundada em 1541 por Don Pedro de Valdivia, colonizador espanhol e está situada no Vale Central Chileno,rodeado de montanhas que restringem a circulação dos ventos. Ao leste fica a intransponível barreira dos Andes. A oeste, a Cordilheira da Costa. Porisso, Santiago sofre de problemas de poluição atmosférica, que são especialmente graves durante o inverno. Na maior parte do ano, Santiago fica coberta por uma névoa densa, semelhante ao célebre fog londrino.
O clima é caracterizado como "mediterrâneo seco".
Santiago tem uma altitude média de 567 metros. A área metropolitana tem cerca de 5 milhões e 500 mil habitantes, bem menor que a área metropolitana de São Paulo, com quase 20 milhões e da área de Buenos Aires, com pouco mais de 13 milhões.
Santiago é considerada a terceira cidade da América latina em qualidade de vida, situando-se, logo depois de Montevidéu e Buenos Aires.
Tem sua importância política realçada no cenário mundial por sediar uma atuante agência da Organização das Nações Unidas- ONU, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe- CEPAL, fundada em 25 de fevereiro de 1948.
Depois de tomar hotel, obter informações de como chegar ao terminal de ônibus inter-municipal, Terminal Alameda, fomos comprar as passagens para Puerto Montt.Embora só fossemos embarcar depois, tínhamos que adquirir essas passagens com antecedência para garantir a nossa viagem. Com esse objetivo é que nos dirigimos à estação de Metrô, bem próxima do hotel, Estação Plaza de Armas, para nos deslocarmos até o Terminal Alameda.
A rede do Metrô de Santiago possui cinco linhas e permite uma boa cobertura de transporte para os habitantes e visitantes da cidade, conforme percebemos ao examinar o mapa do Metrô fixado em uma das paredes da estação, que por sinal, é limpa e bem cuidada, embora, conforme verificamos depois, o sistema ainda possua muitos trens antigos.
Naquela ocasião, apesar do horário, já havia uma grande movimentação de pessoas circulando pela estação. Compramos as passagens que custou cada uma 480,00 pesos chilenos, e descemos para a plataforma de embarque. Aí aconteceu um fato muito desagradável.
Uma composição do metrô, estava à espera, de portas abertas. Eu disse:-Vamos entrar, vamos apanhar essa. Clarinha ponderou:- É melhor esperarmos a próxima. Mas eu insisti e lá fomos nós adentrarmos o vagão. Ela, um pouco à frente eu, um pouco atrás. Ela entrou e a porta fechou. Eu não pude entrar, apesar de fazer um esforço muito grande para tentar abrir a porta, enquanto o trem saia em disparada.
Fiquei parado ali olhando o trem se distanciar e depois sumir na escuridão do túnel, logo após a plataforma de embarque. O que fazer? Fiquei atônito, não esperava jamais vivenciar essa situação. A minha preocupação é que Clarinha estava sem dinheiro, pois todo o dinheiro que havíamos retirado do caixa eletrônico estava comigo e não sabia se a sua carteira estava com ela.Ainda busquei meu telefone celular no bolso, em um gesto automático, embora já sabendo que a TIM não funciona em Santiago, que tem a cobertura total da CLARO. Subi para a área onde se compram as passagens e fui falar com um dos guardas para saber como devia proceder nesses casos. Este me levou para falar com o gerente da estação . Eu me identifiquei como brasileiro e tentava explicar em um idioma misto de português com espanhol, que “ mi mujer” havia partido no trem, que não foi possível eu entrar. Como ele estava muito ocupado naquele momento pediu-me para aguardar um pouco. Acho que se passaram cerca de vinte minutos até o gerente poder me ouvir. Quando eu tentava- mais uma vez - explicar o meu problema, nisso ouvi a voz de Clarinha - que se aproximava pelo corredor. Foi um encontro emocionado! Ainda bem que o episódio apresentou um final feliz. Ela, inteligente, havia descido na estação seguinte e apanhado a composição que voltava. Então, casais que pretendam conhecer o metrô de Santiago: atenção para não terem que passar por esse tipo de problema, pois o trem não avisa quando vai fechar as portas!

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